Coliving, cohousing, coworking, todas palavras com uma sílaba e um verbo em comum: compartilhar.
A sociedade atual se preocupa em como o individualismo deixou as pessoas afastadas, morando, trabalhando e morrendo sozinhas. Mas já busca formas para que isso mude, que evolua para o nosso próprio bem!
A tecnologia avança a cada dia e inclui mudanças que permitiram que aquela sensação de 10 anos atrás, de que todos ficariam apenas conectados aos mundos virtuais, fosse quebrada. Hoje o que mais temos feito é conversado com pessoas que estão longe, e permitindo que trocas de ideias e compartilhamento de conteúdo aconteça o tempo todo.
Hoje compartilhamos conteúdo, carros, bicicletas, roupas, alimentos da horta, e por que não CASAS? Parece estranho para você? Mas apostamos que você já ouviu falar sobre isso.
Desde a década de 70 há movimentos que difundem a ideia de se morar junto com outras pessoas, sendo do mesmo gênero ou não, da mesma faixa etária ou não. De modo que as pessoas compartilhem suas sabedorias, façam companhia uma as outras, conheçam outras pessoas e se ajudem mutuamente.
Um grande exemplo que você já conhece são as famosas repúblicas de estudantes, onde jovens dividem uma casa ou apartamento enquanto estão estudando longe de casa.
Mas a propagação sobre compartilhar a vida ou a casa, que vem ocorrendo nos últimos anos, vai um pouco mais além da ideia de uma república, pois consiste em pessoas compartilharem o mesmo habitat para o resto de suas vidas. Ou seja, ao invés de morarem sozinhas, tendo altas despesas, elas moram juntas, fazem companhia uma para outra e ainda economizam, o que chamamos de economia colaborativa.
LILAC Cohousing, Inglaterra. Imagem via ESBG 2015
Quarto ou Casa?
Nesses conceitos de coliving e cohousing há uma diferença de estrutura. No modelo coliving, as pessoas ocupam uma mesma casa ou apartamento, e cada uma tem seu espaço individual com quarto e banheiro, mas compartilham das áreas comuns, como sala, cozinha, área de lazer, etc. E também compartilham responsabilidades como fazer uma refeição, limpar o jardim, entre outras.
Já no modelo cohousing, a estrutura é muito parecida como de um condomínio fechado, porém com mais interatividade entre os moradores. São pequenas casas ou apartamentos, com o básico para se viver, e com áreas de lazer em comum ou até mesmo restaurantes. Assim cada um tem seu espaço privado, mas todos cuidam de todos, vivendo como numa pequena sociedade.
Cohousing em Petaluma Avenue, Sebastopol, EUA
Jovens ou Idosos?
Mas quem é o público que mais procura por esse novo conceito de moradia?
No Brasil, difundiu-se esse conceito entre os idosos que não querem morar com os filhos e nem viverem em asilos. O mercado imobiliário identificou essa necessidade e hoje já oferece espaços de coliving para idosos, dando apoio para que novos moradores se encontrem e se identifiquem com os projetos.
O site morar.com.vc oferece o serviço de identificar pessoas que tenham as afinidades necessárias para conviverem em harmonia, colocando-as em contato e permitindo que se conheçam melhor. E também oferecendo os imóveis aos grupos que possuem afinidade.
Para os jovens, esse formato de ‘viver’ também é muito interessante, principalmente àqueles que são nômades digitais, que viajam muito e que querem apenas um cantinho para descansar entre um job ou outro, afinal de contas, a economia nesses casos vale muito a pena.
Há projetos de coliving que são associados a coworking, que consisti em um espaço onde as pessoas compartilham seus ambientes de trabalho. Então, além dos espaços comuns de uma casa, adicionaram um escritório grande e com todas as funcionalidades que permitem que aqueles que já trabalhavam no sistema home-office, possam manter seus espaços próximo do descanso e que também compartilhem suas experiências de trabalho.
Casa compartilhada por várias pessoas no Pacaembu. Foto: Nilton Fukuda/Estadão
Fundamentos dos movimentos
Segundo o manifesto criado pela Coliving.org, os princípios básicos para criar uma comunidade de coliving é que todos convivam em harmonia e respeitem a individualidade de cada um; que haja troca de experiências e a aproximação de pessoas; que o consumo seja pensado em colaboração, que haja uma economia dos recursos naturais e uma divisão de decisões e tarefas.
Bom, esses conceitos são os básicos para qualquer lar, você não acha? Mas é claro, que para uma moradia compartilhada, esses lemas devem ser ainda mais seguidos.
Móveis para um lar compartilhado
Mas, se você é daquelas pessoas bem organizadas, deve estar pensando em como deve ser a organização de uma moradia compartilhada, bem como os móveis que fazem parte dessa estrutura, não é mesmo?
Acreditamos, que como em qualquer lar brasileiro, o básico para a organização do lar está em possuir bons armários de madeira, que possuam portas e gavetas. Armários são peças chaves em qualquer ambiente, e servem para guardar qualquer tipo de material, desde as nossas peças íntimas, até os materiais de limpeza.
Além de armários, acreditamos que as estantes também devam ajudar e muito numa comunidade coliving, por serem armários abertos, com vista a todos, apoiam daquilo que é coletivo, como livros, cadernos, canetas e peças decorativas.
As poltronas devem ser um item essencial também, pois darão o conforto para os ambientes coletivos e de reuniões.
Mesas grandes e com muitas cadeiras certamente farão parte da área de jantar ou cozinha, afinal de contas, a refeição é um ótimo motivo para reunir a turma e compartilhar experiências gastronômicas.
Para o espaço individual de cada um, o básico é uma boa cama, com colchões antialérgicos e com alta durabilidade. Há camas com baús, que otimizarão espaços em quartos pequenos.
Para os banheiros, pode-se contar com os gaveteiros, que permitirão a ordem dos itens de higiene. E para a área de serviço, nada melhor que um armário para manter os produtos de limpeza protegidos.
Dicas para decorar um lar compartilhado
Novos movimentos surgem e devemos estar aptos à adaptações. E você, o que acha desses movimentos? Moraria numa coliving ou cohousing?
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